Introdução


A uPlanner se consolidou como uma das empresas de EdTech mais influentes da América Latina, com presença em dezenas de universidades e projetos voltados para transformar a gestão educacional por meio de dados, inteligência artificial e análise avançada.

Nesta entrevista, Guido Grinbaum (fundador da POK) conversa com Juan Pablo Mena (CEO e fundador da uPlanner) sobre a origem da uPlanner, seu propósito, os desafios da educação na região e a visão de futuro da empresa.

Guido Grinbaum: Juan Pablo, para começar, conte-nos como nasceu a uPlanner.


Juan Pablo Mena: A uPlanner nasceu de uma convicção pessoal e de um problema que eu via em toda parte: as universidades tomavam decisões críticas sem dados sólidos. A gestão era intuitiva, fragmentada e isso gerava enormes ineficiências. Decidi criar uma plataforma que colocasse a inteligência de dados a serviço da educação superior, com o objetivo de melhorar o planejamento acadêmico, o uso dos recursos e, em última instância, a experiência do estudante.

Guido: Qual é o propósito central que guia a uPlanner hoje?


Juan Pablo: Nosso propósito continua o mesmo: ajudar as universidades a tomarem melhores decisões baseadas em dados confiáveis. Mas hoje vamos além do planejamento: trabalhamos com análise preditiva, modelos de retenção estudantil, empregabilidade e aprendizagem ao longo da vida. Queremos que cada instituição que trabalha conosco seja mais eficiente, mais inovadora e mais justa com seus estudantes.

Guido: Como você descreveria o impacto que a uPlanner teve no ensino superior na América Latina?


Juan Pablo: Em números, já trabalhamos com mais de 150 universidades na região, impactando milhões de estudantes. Mas o mais importante é a mudança cultural: hoje muitas instituições não tomam mais decisões “às cegas”. Usam dashboards, KPIs e análises avançadas para decidir como alocar professores, estruturar programas e apoiar estudantes em risco. Essa mudança de mentalidade é, para mim, a maior conquista.

Guido: Quais você vê como os principais desafios do ensino superior na região?


Juan Pablo: Diria três:

  1. Acesso e equidade: ainda existem enormes lacunas, principalmente em áreas rurais e populações vulneráveis.
  2. Qualidade e relevância: formar profissionais com as competências realmente exigidas pelo mercado de trabalho.
  3. Transformação digital: não apenas digitalizar processos, mas repensar o modelo de ensino-aprendizagem para torná-lo mais flexível, personalizado e inclusivo.

Guido: Como você vê o futuro da uPlanner nesse contexto?


Juan Pablo: Vejo a uPlanner como um parceiro estratégico das universidades, não apenas como um fornecedor de tecnologia. Queremos continuar crescendo na América Latina, mas também expandir para outras regiões onde os desafios são semelhantes. E, com ferramentas como o UAssessment, queremos estar no coração do processo educacional: medir competências, validar aprendizagens e gerar confiança em todo o ecossistema.

Conclusão


A uPlanner não é apenas uma plataforma tecnológica: é um compromisso com uma educação mais justa, eficiente e baseada em evidências. A visão de Juan Pablo Mena combina inovação com propósito social e deixa claro por que a uPlanner é referência no ecossistema global de EdTech.